Para empresas de transporte e frete que buscam economizar, o IDP pode oferecer retornos rápidos e mensuráveis sobre o investimento.
Alan Pelz-Sharpe
Researcher, Impact of AI & Blockchain in the Enterprise
Ao longo dos anos, trabalhamos em muitos projetos relacionados à cadeia de suprimentos e, em todos os casos, observamos duas coisas: o uso inovador, quando não de ponta, de tecnologias (nos últimos anos, blockchain e IoT) e as pilhas de papel que ainda são processadas manualmente. É um contraste tão gritante entre o antigo e o novo que sempre me chama a atenção.
Quando se trata de tecnologia e do que poderíamos chamar de mundo digital, parece que há um foco constante em melhorar a eficiência do movimento físico de mercadorias, enquanto não há absolutamente nenhum foco no maior consumidor de custos indiretos e de receita — a papelada associada a cada envio.
Tenho uma teoria sobre o motivo disso. Pegue, por exemplo, algo tão ubíquo quanto o GPS e os dispositivos de IoT associados. Um simples teste de baixo ou nenhum custo mostra que funcionam: o pacote ou veículo está exatamente onde a tecnologia indica. Esses dispositivos são simples de adotar e fornecem insights imediatos e benefícios associados. Além disso, normalmente não é necessário mudar nada, como embalagens, armazéns e modos de transporte, para usar a tecnologia.
Fazer mudanças nas operações de back office não é tão simples. Isso exige tempo e esforço, e é preciso haver certo grau de confiança de que os resultados valerão o esforço. Além disso, as tecnologias de back office usadas em operações de cadeia de suprimentos têm um longo histórico de não corresponder às expectativas.
Ao falar em conferências de cadeia de suprimentos, quase sempre faço uma pergunta simples ao público: “Você usa um WMS (sistema de gerenciamento de armazém)?” A resposta é invariavelmente sim, e todas as mãos se levantam.
Em seguida, faço a pergunta: “Você confia nos dados do seu WMS?” e novamente, invariavelmente, quase todas as mãos se abaixam. Poucos conseguem imaginar uma cadeia de suprimentos operando hoje sem sistemas de planejamento de recursos empresariais (ERP), WMS ou sistemas de gerenciamento da cadeia de suprimentos (SCM).
Foram investimentos extremamente caros e nunca realmente cumpriram a promessa. Podemos estar presos a eles e ter poucas alternativas, mas isso não significa que gostamos deles ou sequer que confiamos neles. Portanto, o ceticismo em relação a melhorias operacionais de back office por meio de novas tecnologias é totalmente justificado.
O ceticismo, no entanto, não deve se tornar uma barreira intransponível à mudança e ao progresso. Há muitas mudanças de trabalho relativamente digitais que não envolvem uma ruptura total e que podem gerar grandes melhorias para reduzir custos indiretos, aumentar a lucratividade, eliminar erros e retrabalho.
O rastro de papelada da cadeia de suprimentos é longo, complexo e confuso. Seja nos inúmeros BOLs (bill of ladings) formatados, manifestos detalhados ou na tarefa cansativa de conciliar faturas. Some-se a isso os erros de entrada manual de dados (manuscrita ou digitada) que encontramos diariamente, os quais muitas vezes só são detectados após a entrega ter sido feita, exigindo muito tempo, trabalho e dinheiro para resolver.
Embora não exista uma varinha mágica que resolva todos esses problemas, o software moderno de processamento inteligente de documentos (IDP) pode avançar significativamente na solução dessas questões e oferecer retornos rápidos e mensuráveis sobre o seu investimento.
Como analistas e, muito provavelmente, profissionais de cadeia de suprimentos, temos razão em ser cautelosos com grandes promessas quando se trata de software. No entanto, em nosso trabalho na Deep Analysis, ao observar a tecnologia atualmente disponível e conversar e pesquisar como as empresas a utilizam, podemos afirmar com confiança que, pelo menos, as seguintes afirmações sobre a simplificação de processos, melhoria da precisão e aumento da eficiência não apenas soam verdadeiras, mas também devem estar no topo da sua lista de prioridades para testar e explorar. Aqui estão alguns motivos:
> Leia mais | Como escolher a solução de IDP certa
É importante observar que o software atual de processamento e automação de documentos está a anos-luz de onde estava há apenas uma década. Uma revolução tecnológica melhorou a precisão e a confiabilidade desses sistemas de forma incomparável.
Este não é o mesmo software que você talvez tenha tentado usar no passado para digitalizar um documento. É um software orientado por algoritmos avançados de IA, continuamente treinados, retreinados e ajustados às suas necessidades específicas de documentos e dados.
A comunidade de tecnologia, incluindo os analistas aqui da Deep Analysis, vem acompanhando e elogiando esses grandes avanços nos últimos anos. Ainda assim, seu poder e capacidade de transformar o trabalho de back office baseado em papel só agora estão ganhando força no mundo externo — e não há motivo para que a comunidade de cadeia de suprimentos fique de fora.
Sim, é uma jornada, e aquelas pilhas de documentos em papel não vão desaparecer da noite para o dia, mas é uma jornada incrivelmente fácil de começar. Mesmo os primeiros passos provavelmente trarão benefícios significativos e aliviarão a carga.
Alan Pelz-Sharpe tem mais de 25 anos de experiência no setor de TI, trabalhando com organizações usuárias finais como FedEx, The Mayo Clinic e Allstate, e fornecedores como Oracle e IBM. Ele já foi sócio do The Real Story Group, diretor de consultoria na Wipro, diretor de pesquisa na 451 e vice-presidente para a América do Norte na Ovum.
A solução de processamento inteligente de documentos com tecnologia de IA da Hyland traz valor e eficiência instantâneos para equipes que trabalham com captura, classificação, extração e validação de documentos.
Um whitepaper do especialista em IA e automação Pascal Bornet.
